16/04/2012

História da casa de Simões

Você sabia que a casa de João Simões Lopes Neto teve muito donos desde sua construção e que um de seus donos iria demoli-lá para que virasse um prédio de apartamentos?

O imóvel foi construido em 1871 e só em 1897 é que Simões adquiriu a casa que pertencia a Carlos Ferreira Ramos.No ano de 1917 o escritor vende a casa para Hugo Piratinino de Almeida. Em 1941 a casa é vendida a igreja do Redentor pertencente à Igreja Episcopal Brasileira.

E foi no ano de 1991 que o proprietário da Casa, Igreja do Redentor, pretende vendê-la. O comprador, construtor Theo Bonow, pretendia demoli-lá para construção de um prédio de apartamentos, porém em 1992 o advogado e pesquisador Carlos Sicca Diniz comprova nos Cartórios de Pelotas informações coletadas no livro Simões Lopes Neto na Intimidade, de Ivete Simões Lopes Massot, de que Simões Lopes Neto havia sido proprietário por 10 anos do imóvel da Rua Dom Pedro II.O promotor Paulo Charqueiro ingressa com ação na justiça e consegue liminar que impede a demolição da casa. O processo é acompanhado pela imprensa.

Já a juíza Luciana de Abreu Gastaud mantém a liminar, proibindo a demolição do imóvel, com base em sua importância histórica e no fato de que estava listado no Inventário de bens patrimoniais, elaborado nos anos 80, durante o primeiro governo do Prefeito Bernardo de Souza.

E foi o deputado estadual Bernado de Souza que apresenta um projeto de lei que “declara bem integrante do patrimônio cultural do Estado a casa, em Pelotas, que pertenceu ao escritor João Simões Lopes Neto”. 
A direção do Instituto João Simões Lopes Neto contrata a Ato Produção Cultural para apresentar projeto à Lei Estadual de Incentivo à Cultura, buscando recursos para a compra e restauração da casa do escritor. Após issoe no ano de 2004 a casa restaurada e apresentada à comunidade de Pelotas e do Rio Grande do Sul, em cerimônia no próprio local, com a presença de diversas autoridades. E a terceira etapa do projeto foi o acabamento de um auditório que foi aprovado e recebeu o nome de "Carlos Reverbel".

Em 2005, no mês de dezembro, foi inaugurada a casa de João Simões Lopes Neto e no ano de 2006 ela abre as portas à comunidade pelotense e gaúcha  para visitas. Atualmente a casa de Simões é conhecida como o Instituto Simões Lopes Neto que conta com colaboradores que ajudam a manter o instituto vivo.

1 comentários:

elementhal disse...

Caros Amigos do IJSLN e visitantes:
Remetendo-nos à inicial "Você sabia que a casa de João Simões Lopes Neto teve muito donos desde sua construção e que um de seus donos iria demoli-la para que virasse um prédio de apartamentos?", para o benefício da história, da memória, e do próprio motivo para a preservação da casa, e dos trâmites havidos para isto,
Seria de bom entendimento, deste arquiteto e urbanista, preservacionista militante, ser considerado, junto aos empenhos primordiais do pesquisador Carlos Sicca Diniz, do então promotor público Paulo Charqueiro,o atendimento à solicitação deste último, que resultou, mais pela diligência dos agentes públicos, que das condições para o trabalho na instituição onde atuavam, no decisivo parecer técnico, como consta no Projeto de Lei n° 138/99, de autoria do Deputado Estadual Bernardo de Souza, onde "Declara bem integrante do patrimônio cultural do Estado a casa, em Pelotas, que pertenceu ao escritor Simões Lopes Neto", projeto onde estão citados os autores, e dentre eles, o que aqui com júbilo se manifesta, documento constante da AL/RS, que pode ser encontrado nos registros publicados para consulta na internet.
Parabéns a todos pelo sucesso,
e para a alegria dos que reconhecem os nossos mais legítimos valores, como acontece em João Simões Lopes Neto !
Regis Alberto Thalheimer, elementhal@gmail.com

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