Qual importância que tu enxergas na publicação da Revista de 1º Centenário de Pelotas (que circulou de outubro de 1911 até maio de 1912) onde Simões Lopes Neto trazia a tona aspectos históricos do município?
Mario - É a primeira publicação mais extensa sobre a história do
município. A anterior, de 1905, é do próprio Simões lopes Neto nos Anais da
BPP.
No livro História e Tradições
da cidade de Pelotas se destaca que na época de suas publicações
"ninguém podeira imaginar (...) que o talento do velho João Simões seria
tema de tantos livros, conferências e seminários". Na tua visão o que fez
com que o interesse e reconhecimento da obra Simões Lopes crescesse tanto de lá
pra cá?
Mario - O interesse cresceu porque os intelectuais brasileiros
perceberem a importância do Modernismo, escola à qual João Simões havia se
antecipado.
Conte-nos mais sobre seu novo
lançamento, Pelotas Princesa – Livro Comemorativo ao Bicentenário da
Cidade, e como tem sido a receptividade?
Mario - É um livro inteiramente novo, com novas descobertas: por exemplo,
a de que José Pinto Martisn foi o primeiro industrial do charque, usando
técnica de salgação transmitida pelos bucaneiros da Martinica, embora só tenha
se estabelecido em Pelotas no ano de 1790, e não em 1780, como o próprio Simões
Lopes Neto supunha. Desde o lançamento, há uma semana, já vendeu mais de 200
exemplares.
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