30/04/2012

A respeito de Simões




Simões Lopes Neto foi um dos maiores escritores regionalistas do Rio Grande do Sul, porém só foi reconhecido postumamente. Simões teve iniciativas de negócios, mas que acabaram fracassando, incluindo uma fábrica de vidros e uma destilaria.  Após, teve uma fábrica de cigarros que causou muitos protestos nos círculos religiosos devido a sua marca, chamada de "Diabo". E foi ainda mais fundo, montou uma firma para torrar e moer café, desenvolveu uma fórmula para combater sarna e carrapatos a base de tabaco e fundou uma mineradora para explorar prata em Santa Catarina.

Mas foi no meio cultural literário que Lopes Neto deu tamanha importância para as histórias e tradições gaúchas. Escrevendo 4 livros em sua vida:  Cancioneiro Guasca (1910), Contos Gauchescos (1912), Lendas do Sul (1913) e Casos do Romualdo (1914).

Em certa fase da vida, empobrecido, sobreviveu como jornalista em Pelotas, passando por vários estágios dentro da profissão como: cronista, redator, editorialista, secretário da redação, folhetinista e diretor de jornal.

27/04/2012

Palestra Mário Mattos – “Aposta e Morte no grande João Simões Lopes”


Ocorreu nesta quinta, 26 de abril,  no Instituto João Simões Lopes Neto, a palestra "Aposta e Morte no grande João Simões Lopes" ministrada pelo artista plástico e estudioso da obra  de Simões Lopes, Mário Mattos. O evento faz parte do ciclo de palestras em comemoração ao centenário de publicação da obra “Contos Gauchescos”.

Este foi o quarto encontro do ciclo, que prevê um total de 19 palestras – uma para cada Conto Gauchesco. O conto abordado nesta ocasião foi o Jogo do Osso. 


Por volta das 19h o presidente do Instituto, Antônio Carlos Mazza Leite, fez a abertura do evento com a apresentação do palestrante. Mário Mattos é um dos pioneiros nos estudos da obra de Simões Lopes em Pelotas, coordenando reuniões do Núcleo de Estudos Simonianos desde 1994.

Mário Mattos sendo apresentado pelo presidente Antônio Carlos Mazza Leite

Inicialmente M. Mattos fez a leitura do conto na íntegra, enquanto eram projetadas pinturas - de sua autoria - ilustrando momentos do conto. O Jogo do Osso tráz o personagem Blau Nunes narrando a história de Chico Ruivo, domador e agregado de uma estância, que no seu vício pelo jogo acaba perdendo todos seus pertences, colocando por fim até sua companheira Lalica em jogo.

Mário Mattos fazendo a leitura do conto, no fundo a imagem de Chico Ruivo

Após a leitura do conto, o palestrante percorreu o auditório Carlos Reverbel fazendo questionamentos aos presentes sobre vários pontos do conto. O público, que não se fazia em grande número, se mostrou muito participativo e acalorou a discussão. 

Mário Mattos ouvindo colocações dos presentes

Próxima palestra

A próxima palestra está marcada para o dia 17 de maio,  nessa ocasião o ministrante será o escritor e historiador Mario Osorio Magalhães, o conto abordado será  "O Chasque do Imperador".


25/04/2012

Projeto homenageando Simões Lopes percorrerá cidades gaúchas


O centenário de publicação da obra Contos Gauchescos também será celebrado por meio do Projeto Simões Lopes Neto – Escritor da Alma Gaúcha, promovido pelo Sistema Fecomércio-RS/ Sesc, com o apoio da Associação Ligia Averbuck. O projeto percorrerá diversas cidades gaúchas entre os meses de abril e novembro de 2012, sendo lançado hoje (25/04) às 19h no Centro Cultural Palacinhos (Av. Cristóvão Colombo, 300), em Porto Alegre.

O projeto que visa inserir estudantes gaúchos na obra de Simões Lopes Neto, inclui em suas atividades a Mostra Didática sobre a vida e a obra do autor e a exibição do filme Contos Gauchescos, do diretor Henrique Freitas Lima. Além disso, as escolas participantes do projeto receberão livros para que sejam trabalhados junto aos alunos e para que componham o acervo local.

Lançamento do projeto será hoje (25) no Centro Cultural Palacinhos

O evento que permanecerá na capital gaúcha até o dia 04 de maio, conta com o apoio do Instituto Simões Lopes Neto (IJSLN) e do Gabinete da Primeira Dama do RS. A seguir o projeto segue para seguintes cidades: Uruguaiana (08 a 25/05), Canoas (01 a 16/06), Novo Hamburgo (18 a 30/06), Montenegro (03 a 14/07), Pelotas (17/07 a 03/08), Bagé (07 a 31/08), Passo Fundo(04 a 28/09), Santana do Livramento (02 a 12/10), Gravataí (16 a 31/10) e Santa Maria (05 a 30/11).

Contos Gauchescos – 100 da escrita... 100 anos de leituras

Em comemoração aos cem anos de publicação dos Contos Gauchescos o IJSLN vem promovendo o ciclo de palestras que ocorrem quinzenalmente no auditório do Instituto. Em cada encontro aborda-se um dos contos. Nesta quinta-feira (26/04) o palestrante Mário Mattos contará um pouco mais sobre toda riqueza psicológica por trás conto “Jogo do Osso” – onde Simões Lopes narra, através da figura de Blau Nunes, a história do domador Chico Ruivo, que perde tudo no vício histórico do gaúcho primitivo.

24/04/2012

"Aposta e Morte no grande João Simões Lopes", dia 26 de abril no IJSLN

O Instituto João Simões Lopes Neto tem o prazer de convidar a comunidade pelotense para a 4ª palestra em comemoração ao centenário do livro "Contos Gauchescos", na próxima quinta-feira, 26 de abril, às 19h. O evento que ocorre quinzenalmente no auditório do IJSLN, Carlos Reverbel, chega na 4º palestra de um circuito que prevê dezenove - uma para cada conto descrito no livro - e, para esta, conta com a presença do artista plástico e estudioso de Simões, Mário Mattos e a palestra "Aposta e Morte no grande João Simões Lopes". O conto da vez é "Jogo do osso", que fala sobre a paixão destruidora de um vício histórico herdado pelo gaúcho primitivo.

Venha acompanhar o drama e discutir com Mário Mattos toda a riqueza psicológica surpreendentemente  humana da narrativa e linguagem criada há cem anos por Simões Lopes!




     Livre adaptação da obra "Jogo do Osso" de João Simões Lopes Neto para o cinema de animação


22/04/2012

Conheçam Mário Mattos

Na próxima quinta-feira, 26, a palestra intitulada “Aposta e Morte no Grande João Simões Lopes” será ministrada por Mário Mattos que, dentre muitas qualidades e habilidades, é reconhecido principalmente por ser um entusiasta de Simões. Para quem não o conhece, acredite em mim, deve conhecer, tentarei fazer aqui um pequeno resumo da sua história.

Simoniano, natural de Pelotas, RS, nascido em 1924, Mário Mattos é polivalente. Além de ser Engenheiro Agrônomo, formado em 1947 pela FAEM, desde os anos 70 é reconhecido como Artista Plástico em todo o Estado do Rio Grande do Sul, foi Jornalista do periódico A Tribuna nos anos 50 e, a partir de 1985, tornou-se escritor, com o livro “Décima de Sepé Tiaraju”. Desde os anos 50 ministra aplaudidas palestras sobre Simões, além de, nos anos 80, ingressar na Academia Sorocabana de Letras, tendo como patrono João Simões Lopes Neto e sendo, ainda hoje, sócio honorário.

Ao aposentar-se, em 1989, Mário Mattos voltou à terra natal e tornou-se membro do Instituto Histórico e Geográfico de Pelotas. Na mesma época, colaborou com a produção e publicação de “A Largueza Histórica do Estreito” e “Pelotas, Essência de Mundo em Pequeno Universo”. Em 1992, elaborou sumula biográfica de Simões para inauguração da Casa de Cultura no Castelo Simões Lopes. Já em 1994, passou a coordenar as reuniões de leitura do Núcleo de Estudos Simonianos do IHGPEL. Foi também eleito vice-presidente do Instituto João Simões Lopes Neto, desde sua criação, até o ano de 2010. Lançou em 2007, na Feira do Livro de Pelotas “Garimpando no Mundo das Trezentas Onças – Leituras de João Simões Lopes Neto”, livro composto por oito contos originais de Mário e uma biografia ficcional do personagem de Simões, Blau Nunes, feita em versos. Além disso, publicou inúmeros artigos relacionados à história e à produção literária de João Simões Lopes Neto.

Ufa! Agora acreditam quando disse que devem conhecê-lo? Imagino que tenham ficado curiosos para saber um pouco mais dessa ilustre figura. Reitero, em nome da Assessoria de Imprensa do Instituto, o convite para a sua palestra e aguardamos, junto com Mário Mattos, a presença de todos no Instituto João Simões Lopes Neto.


Obras de Mário Mattos expostas no Instituto João Simões Lopes Neto

19/04/2012

Um conto a talhar a nossa mente

por Pedro Henrique Costa Krüger

Dono de uma simpatia incrível e de um tremendo bom humor, veio contar-me algumas histórias. Enquanto os poucos raios de sol invadiam a sala sem pedir permissão para entrar, sentei-me na cadeira para ouvi-lo. Ele pegou cuidadosamente aquelas folhas, pois elas continham um material extremamente rico e raro. E começou a passar o dedo em cima das linhas, dando a impressão de que as sentia. 

De repente, soltou a voz! Como uma verdadeira criança, fiquei ali, totalmente atraído por aquela história a ser narrada. A vontade de escutar todos os detalhes era tanta que meus batimentos cardíacos diminuíram – o tum tum tum estava alto demais -, e nem meus olhos cometiam a audácia de piscar. Era tudo muito interessante. 

Eu era o neto e ele o avô. Eu já não estava mais na cadeira, mas no chão, sentado ao lado da lareira; enquanto criava em minha mente imagens que representassem o que eu estava ouvindo. Dono de uma verdade incrível, aquela história invadiu-me a mente - mas diferente dos raios de sol, com permissão para entrar -, e fez-me rir. Rir muito. Rir sem parar. 

O meu avô – sim, ele agora é -, também riu. Mas não podia parar de ler, não podia dar fim à criação das imagens ou finalizar a reprodução daquele conto quase mágico que mexe com as emoções. Ele também se divertia ao ver seu neto sorrir, entretanto a história precisaria continuar. Obrigado a continuar, segurava o riso. E seguia: 

Que talho! Foi como em manteiga: cortei a meio a galinha, o prato, a mesa; atorei pelo joelho a perna do vizinho da esquerda, o pé da cadeira onde ele sentava-se, a tábua do assoalho e o barrote!¹ 

Criança como sou, não conseguia parar de rir. Dos meus olhos caiam lágrimas que pareciam infinitas. O meu avô, num momento de descuido, também riu, mas prontamente voltou a ler. E eu? Continuava a rir, é claro. 

A história encaminhava-se para o final, mas, teimoso, eu evitava a pensar nisso. Com a cabeça encostada no braço que, por sua vez, estava sobre a mesa, ouvia as últimas e decisivas linhas. 

“Que talho!”, finalizou o meu avô. Com os olhos encharcados de tanto rir, encarei os dele. Por um momento, parecia que a rotação da Terra havia parado. Os raios que invadiam a sala visualizavam aquela cena com extrema curiosidade. Após alguns segundos de uma pausa involuntária, rimos mais um pouco. 

“Esses contos são realmente muito engraçados”, disse-me enquanto colocava a sua mão em meu ombro. Em seguida, entregou-me aquela pilha de folhas, aquele montante de papel. Eram poucas páginas, mas era pesado. Afinal, havia tantos mundos, personagens e histórias ali dentro. Ali, na palma de minha mão! 

Já era noite. E ele, aquele que foi meu avô enquanto lia, deixava a sala. Sorri e acenei em despedida. Com as folhas na mão, fitei a capa rabiscada com uma esferográfica azul e juro ter ouvido alguém gritar “que talho!”. Percebi, então, que apesar dele ter deixado o prédio - assim como os raios de sol -, e apesar de não haver mais a narração daquelas frases, a história continua em nós. Uma vez feito o corte, em razão do conto, em nossa mente, nunca mais a perdemos. 

Que talho!
Dedicado ao grande amigo Mário Mattos.

¹ Trecho do conto "Um talho", de João Simões Lopes Neto.

18/04/2012

Aeroporto Internacional João Simões Lopes Neto


Foi protocolado, pelo deputado federal Fernando Marroni (no dia 10/04), o projeto de lei que atribui ao aeroporto de Pelotas o nome oficial de Aeroporto Internacional João Simões Lopes Neto. O texto já está tramitando na Câmara dos Deputados e será apreciado na Comissão de Viação e Transportes e na de Constituição e Justiça para ir a Plenário.

Surgido no começo do século passado, inicialmente como uma pequena estação de passageiros, o aeroporto passou a operar oficialmente com o nome Aeroporto de Pelotas no ano de 1935. No final dos anos 90 recebeu fortes investimentos, que possibilitaram uma completa modernização com a duplicação do terminal de passageiros. Após isso, no ano de 2001, começou a receber vôos internacionais. Passa então, a se chamar Aeroporto Internacional de Pelotas.

Foto atual do Aeroporto

Atualmente o aeroporto conta com linhas para as cidades de Porto Alegre e Rio Grande, operadas pela empresa NHT Linhas Aéreas, num total de quatro vôos diários (seg. à sex) para cada um dos destinos. Principal porta para as aeronaves da FAB - Força Aérea Brasileira - que demandam a base brasileira da Antártida, o aeroporto também é frequentado por aeronaves da aviação executiva e agrícola.

Vale ressaltar ainda, que a companhia Azul Linhas Aéreas Brasileiras demonstrou forte interesse em implantar uma linha aérea no aeroporto pelotense. Embora os diretores da empresa não confirmem, especula-se que seria uma linha ligando Pelotas a Campinas, com escala em Porto Alegre.  Por enquanto, aguarda-se da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) as devidas adaptações que o aeroporto precisa sofrer para receber aeronaves de médio porte.

Sob essas perspectivas, que nos levam a crer em um fluxo cada vez mais intenso para o futuro de nosso aeroporto, é muito bom ter a notícia dessa possível homenagem a Simões Lopes Neto. A campanha que começou no programa Pelotas 13 horas, ganhou força com o apoio do deputado Fernando Marroni e de toda comunidade pelotense, e tem tudo ser bem sucedida.

17/04/2012

Convênio entre IJSLN e BPP foi assinado na manhã desta terça-feira

Foi assinado, nesta manhã (17/04), o convênio firmado entre o Instituto João Simões Lopes Neto e a Bibliotheca Pública Pelotense, que auxiliará no andamento do projeto de Catalogação e Digitalização do acervo do Instituto.



A catalogação e organização dos exemplares está sendo realizada por estudantes do curso de História da UFPel e coordenada por Daniel Barbier, funcionário da BPP. O objetivo do trabalho desenvolvido é montar na biblioteca do Instituto um arquivo contendo fotografias e documentos e uma seção com as obras raras a fim de conservação, além de organizar a biblioteca para que a digitalização possa ser feita sob responsabilidade do Centro de Letras e Comunicação da UFPel.

Segundo Daniel, o convênio e o projeto de digitalização são importantes, pois no momento em que é preservada a biblioteca de Simões, é preservada a memória da cidade.

Estiveram presentes a Diretora Presidente da Bibliotheca Pública Pelotense, Lisarb Crespo da Costa, o Presidente do Instituto João Simões Lopes Neto, Antonio Carlos Mazza Leite e José Luis Marasco Cavalheiro Leite, Primeiro Secretário da Diretoria Executiva do Instituto.




16/04/2012

História da casa de Simões

Você sabia que a casa de João Simões Lopes Neto teve muito donos desde sua construção e que um de seus donos iria demoli-lá para que virasse um prédio de apartamentos?

O imóvel foi construido em 1871 e só em 1897 é que Simões adquiriu a casa que pertencia a Carlos Ferreira Ramos.No ano de 1917 o escritor vende a casa para Hugo Piratinino de Almeida. Em 1941 a casa é vendida a igreja do Redentor pertencente à Igreja Episcopal Brasileira.

E foi no ano de 1991 que o proprietário da Casa, Igreja do Redentor, pretende vendê-la. O comprador, construtor Theo Bonow, pretendia demoli-lá para construção de um prédio de apartamentos, porém em 1992 o advogado e pesquisador Carlos Sicca Diniz comprova nos Cartórios de Pelotas informações coletadas no livro Simões Lopes Neto na Intimidade, de Ivete Simões Lopes Massot, de que Simões Lopes Neto havia sido proprietário por 10 anos do imóvel da Rua Dom Pedro II.O promotor Paulo Charqueiro ingressa com ação na justiça e consegue liminar que impede a demolição da casa. O processo é acompanhado pela imprensa.

Já a juíza Luciana de Abreu Gastaud mantém a liminar, proibindo a demolição do imóvel, com base em sua importância histórica e no fato de que estava listado no Inventário de bens patrimoniais, elaborado nos anos 80, durante o primeiro governo do Prefeito Bernardo de Souza.

E foi o deputado estadual Bernado de Souza que apresenta um projeto de lei que “declara bem integrante do patrimônio cultural do Estado a casa, em Pelotas, que pertenceu ao escritor João Simões Lopes Neto”. 
A direção do Instituto João Simões Lopes Neto contrata a Ato Produção Cultural para apresentar projeto à Lei Estadual de Incentivo à Cultura, buscando recursos para a compra e restauração da casa do escritor. Após issoe no ano de 2004 a casa restaurada e apresentada à comunidade de Pelotas e do Rio Grande do Sul, em cerimônia no próprio local, com a presença de diversas autoridades. E a terceira etapa do projeto foi o acabamento de um auditório que foi aprovado e recebeu o nome de "Carlos Reverbel".

Em 2005, no mês de dezembro, foi inaugurada a casa de João Simões Lopes Neto e no ano de 2006 ela abre as portas à comunidade pelotense e gaúcha  para visitas. Atualmente a casa de Simões é conhecida como o Instituto Simões Lopes Neto que conta com colaboradores que ajudam a manter o instituto vivo.

13/04/2012

Palestra Flávio Loureiro Chaves - “Simões Lopes – quando a Literatura faz História”

Aconteceu em Pelotas/RS, em 12 de abril, no Instituto João Simões Lopes Neto a 3ª palestra em comemoração aos 100 anos dos “Contos Gauchescos”. O palestrante convidado foi Flávio Loureiro Chaves, Doutor em Letras pela USP e ocupante da cadeira de número 7 na Academia Riograndense de Letras.

Presidente do Instituto Antônio Carlos Mazza Leite e Prof. Dr. Flávio Loureiro Chaves

O conto da noite foi “O Anjo da Vitória”, o qual deu base à palestra de Chaves: “Simões Lopes – quando a Literatura faz História”. Segundo F.L. Chaves, a leitura de “O Anjo da Vitória” se faz essencial para compreender a ficção simoneana, uma vez que seu discurso inclui uma visão histórica dentro da Literatura.

Presidente do Instituto Antônio Carlos Mazza Leite e Prof. Dr. João Luis Ourique

Sobre a comemoração do centenário, F.L. Chaves ressalta sua importância dizendo que a obra de Simões Lopes Neto é fundadora, no Brasil e América Latina, no que se refere a “universalidade da região”. Ainda considera-o como precursor de escritores como Gabriel García Márquez, Jorge Amado e Guimarães Rosa.


O Presidente do Instituto, Antônio Carlos Mazza Leite, deu início ao evento com a colaboração do Prof. Dr. João Luis Ourique, que foi responsável pela apresentação do palestrante. A fala, que durou em torno de 40 minutos, teve tom de prosa enquanto F. L. Chaves discorreu sobre a literatura Simoneana e sua contribuição cultural, defendendo a “regionalidade universal” que faz com que a obra de Simões Lopes Neto seja, ainda, totalmente atual.

Estudioso de Simões, Mário Mattos faz questionamentos a respeito da palestra

Estiveram presentes na noite figuras ilustres como: o ex-governador do estado Olívio Dutra; o deputado federal Fernando Marroni; o presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, Miguel Frederico do Espírito Santo; a primeira presidente do Instituto, Paula Mascarenhas e o estudioso de Simões, Mário Mattos; que agregaram à fala de Flávio Loureiro Chaves com comentários bastante pontuais sobre o tema.

Prof. Dr. Flávio Loureiro Chaves assinando o livro de visitas do Instituto



Fotos por Paula Moran

09/04/2012

3º Palestra em comemoração ao Centenário de "Contos Gauchescos" ocorrerá na quinta-feira

O Instituto João Simões Lopes Neto promove, na próxima quinta-feira (12), a 3ª Palestra em comemoração aos 100 anos de "Contos Gauchescos". Para este encontro o Instituto contará com a presença de Flávio Loureiro Chaves, que fará a palestra intitulada "Simões Lopes - quando a Literatura escreve a História", baseada no conto "O anjo da vitória".

Chaves é Doutor em Letras pela Universidade de São Paulo, foi Professor Titular de Literatura Brasileira e Pró-Reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi professor convidado da Université de Rennes na França, da Escola Superior de Jornalismo em Portugal e da Universidade de Brasilia, apresentou conferências em seminários internacionais na Universidade de Bruxelas (Bélgica), na Biblioteca Brasileira de Nova York (USA) e na sede da UNESCO em Paris. Além disso, é sócio do Instituto Histórico e Geográfico do RGS e ocupa a cadeira 7 da Academia Riograndense de Letras.

Entre suas obras estão: Ficção Latino-Americana, O Mundo Social do Quincas Borba, O Brinquedo Absurdo, O Ensaio no Rio Grande do Sul, Matéria e Invenção, História e Literatura, Simões Lopes Neto e Ponta de Estoque.



03/04/2012

3ª edição do Dia do Romualdo

A 3ª edição do Dia do Romualdo ocorreu no último domingo (1), no Parque da Baronesa, em Pelotas. Numa tarde agradável, o público presente pôde ouvir os hilários e exagerados contos de Romualdo enquanto degustava a tradicional bebida gaúcha: o chimarrão. 


O professor da Universidade Federal (UFPel), João Luís Ourique, fez a abertura oficial do Dia do Romualdo no Parque da Baronesa. Em seguida, iniciou-se a leitura de contos do Romualdo. Entre os contos narrados estavam O talho e O meu cinto de couro de anta. A principal atração do dia foi o historiador, jornalista e artista plástico Mário Mattos ao narrar com personalidade um conto de Romualdo.

O evento também contou com a presença de Paula Schild Mascarenhas, primeira presidente do Instituto João Simões Lopes Neto. Após as leituras, ocorreu o sorteio de três livros - duas edições de Contos Gauchecos e uma edição do Lendas do Sul. O encerramento ficou por conta de Alci Vieira Júnior, músico que levou um pouco mais de tradicionalismo à festa.


Para a realização do evento, o Instituto João Simões Lopes Neto contou com o apoio da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e do Centro de Letras e Comunicação (CLC), além da Erva-Mate Invernada, Tintero e Piquenique Cultural. Agradecimentos especiais também, é claro, aos amigos do Instituto.

01/04/2012

COMUNICADO: Sorteio do livro no Twitter foi cancelado

O sorteio foi realizado duas vezes, mas foi constatado que ambos ganhadores não eram perfis de "pessoas reais", ou seja, são usuários que "caçam" promoções na internet sem a verdadeira intenção de interagir. Além disso, a maioria dos usuários que concorriam ao livro não eram reais. 

Devido a esses problemas enfrentados, decidimos que o livro destinado à internet também será sorteado no evento para celebrar o Dia do Romualdo. Sendo assim, não duas, mas três obras de João Simões Lopes Neto serão sorteadas.

Assessoria IJSLN.

 
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